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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Sintomas do lúpus eritematoso sistêmico.

Vamos descrever os sintomas mais comuns do lúpus. Isso não significa que todo paciente com lúpus terá obrigatoriamente todos as manifestações explicadas abaixo. Há casos de lúpus com poucos sintomas e casos com muitos sintomas.
a.) Articulações
O acometimento das articulações ocorre em até 95% dos pacientes com lúpus. As duas principais manifestações são a artrite (inflamação da articulação) e a artralgia (dor articular sem sinais inflamatórios). Muitas vezes esses sintomas surgem anos antes do diagnóstico definitivo de lúpus.
A artrite e a artralgia do lúpus têm algumas características que as diferenciam das outras doenças que também acometem as articulações:
- São migratórias, ou seja, as dores mudam de articulações em questão de 24-48 horas. Um dia doem os joelhos, no outro o punho, em um terceiro o ombro, depois volta para o joelho, etc.
- O envolvimento é simétrico, ou seja, quando um joelho dói, o outro também.
- Costuma se apresentar como poliartrite ou poliartralgia, o que significa que várias articulações doem ao mesmo tempo. O acometimento de uma única articulação fala a favor de outros diagnósticos, como a gota (leia: SINTOMAS DA GOTA E ÁCIDO ÚRICO) ou artrite séptica.
- Em geral, a articulação dói muito mais do que a aparência dela pode sugerir para quem examina.
As articulações mais comumente acometidas são as das mãos e dedos (falanges), punho e joelhos.
b.) Pele
Outro órgão muito frequentemente acometido é a pele. Até 80% dos pacientes com lúpus apresentam algum tipo de envolvimento cutâneo, principalmente nas áreas expostas ao sol.
As lesões típicas incluem o rash malar ou rash em asa de borboleta. Trata-se de uma área avermelhada que encobre as bochechas e o nariz como pode ser visto nas fotos abaixo.
Lúpus- rash em asa de borboletaLúpus- rash em asa de borboleta
O rash malar aparece em pelo menos 50% dos pacientes, costuma durar alguns dias e recorre sempre que há exposição solar. Exposição prolongada a luzes fluorescentes também pode desencadear lesões cutâneas do lúpus.
Lúpus discóide
Lúpus discóide
Outra lesão dermatológica comum é o lúpus discoide, que se caracteriza por placas arredondadas e avermelhadas, mais comuns na face, pescoço e couro cabeludo.
O lúpus discoide pode fazer parte do quadro do lúpus sistêmico, ou ser a única manifestação da doença. Neste último caso, o prognóstico é melhor, já que não há envolvimento de outros órgãos.
Pacientes com lúpus discoide isolado apresentam 10% de chance de evoluírem para o lúpus eritematoso sistêmico. Quanto mais numerosas forem as lesões discoides, maior o risco de evolução para outros órgãos.
Outras lesões dermatológicas comuns são a perda de cabelo, que pode acometer não só o couro cabeludo, mas também sobrancelhas, cílios e barba.
Ulceras orais semelhantes às aftas são comuns, porém, com a diferença de serem normalmente indolores (leia: CAUSAS E TRATAMENTO DA AFTA).
O fenômeno de Raynaud é uma alteração na coloração dos membros causado por espasmo dos vasos sanguíneos. O espasmo das artérias provoca uma súbita falta de sangue deixando a mão pálida. Se o espasmo persistir, a falta de sangue faz com que a mão que estava pálida comece a ficar arroxeada. Esta isquemia pode causar muita dor. Quando o espasmo desaparece, o rápido retorno do sangue deixa a pele quente e bem avermelhada.
O fenômeno de Raynaud não é exclusivo do lúpus e pode ocorrer mesmo em pessoas sem doença alguma diagnosticada. Frio, cigarro e cafeína podem ser gatilhos para esse sintoma.


Leia o texto original no site MD.Saúde: LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO | Sintomas e tratamento - MD.Saúde http://www.mdsaude.com/2008/11/lpus-eritematoso-sistmico-les.html#ixzz2f8vn0Ljt
Reprodução do artigo autorizada sem modificações (não retire os links do texto). 

sábado, 14 de setembro de 2013

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Lúpus Eritematoso Sistêmico

INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES

O lúpus é uma doença sistêmica, de natureza auto-imune, caracterizada pela presença de diversos auto-anticorpos e considerada o protótipo das doenças por imune-complexos. Caracteriza-se por promover quadros inflamatórios em todos os órgãos, o que determina uma apresentação clínica polimórfica, que nas suas fases iniciais pode dificultar o diagnóstico preciso.
O conhecimento das principais características clínicas da doença é muito importante, pois auxilia sobremaneira o diagnóstico, uma vez que a primeira sintomatologia pode ocorrer num único órgão ou sistema, retardando a sua suspeita. As suas manifestações clínicas podem aparecer isoladamente, de forma consecutiva ou aditiva, principalmente nos primeiros cinco anos da doença, que é o período no qual ela habitualmente mostra os locais preferenciais de comprometimento.
Os critérios diagnósticos servem de guia na verificação dos diversos sistemas. Estes são constituídos de 11 parâmetros clínicos e laboratoriais, e devem estar presentes quatro destes de forma consecutiva ou seriada para se classificar um paciente com lúpus eritematoso sistêmico (LES) (tabela 1).
Cabe salientar ainda que existam sinais e sintomas que, embora não façam parte desses critérios, podem freqüentemente estar presentes no início da doença. Neste sentido, torna-se imperativo verificar minuciosamente o envolvimento pregresso dos sistemas, pesquisando principalmente os sintomas mais encontrados na doença na busca de pistas para o seu diagnóstico.

Tabela 1: Critérios revisados para a classificação de LES
Para o diagnóstico de LES, pelo menos quatro dos critérios abaixo devem estar presentes de forma consecutiva ou seriada
1. Rash malar
5. Artrite
Não erosiva de duas ou mais articulações
Pleurite e/ou;
Pericardite
7. Renal
Proteinúria maior que 0,5 g/d e/ou;
Cilindros
8. Neurológico
Convulsão e/ou;
Psicose
9. Hematológico
Leucopenia menor que 4.000/mme/ou;
Linfopenia menor que 1.500/mme/ou;
Plaquetopenia menor que 100.000/mm3
10. Alterações imunológicas
Anticorpos anti-DNA e/ou;
Anticorpos anti-SM e/ou;
Anticorpos antifosfolípide (anticardiolipina IgG/IgM; anticoagulante lúpico, VDRL falso positivo)
11. Anticorpos antinucleares (FAN)
Adaptada de Hochberg, 1997